Uma vez Flamengo, sempre Flamengo, Flamengo até morrer

Artigo de Herman Glanz,  no Nosso Jornal Rio, de 29 de setembro de 2014 sobre Marx, os judeus e a esquerda.

O conflito contra Israel no Oriente Médio vem acirrando o anti-israelismo, consequência do correlato antissemitismo. Foi assim que, no jogo de basquete internacional entre o Flamengo e o Maccabi, de Tel Aviv, que venceu por 69×66, acabaram proibidas as cinco bandeiras de Israel, que eram permitidas, pois fora levantada uma bandeira palestina na Arena da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e a Federação Internacional de Basquete decidiu que, levantada uma bandeira palestina, seriam proibidas as demais bandeiras.

Uma bandeira palestina ficou do lado de fora, não podendo entrar. No jogo revanche, domingo, o Flamengo venceu por 90 x77, sagrando-se campeão mundial de clubes.

Ainda no domingo, no jornal ‘O Globo’ do Rio de Janeiro, o compositor Aldir Blanc, defende o posicionamento brasileiro na abertura da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, contra os ataques ao Estado Islâmico. O articulista escreve que ninguém sabe onde fica o Estado Islâmico e que a guerra consequente contra tal Estado mata muito mais gente do que se sabe das mortes provocadas por esse dito Estado, e avança mais com ecos da Guerra de Gaza, chamando Israel de capanga dos Estados Unidos. É a tal gente antiamericana que extravasa seu antissemitismo que, como costumamos dizer, se acha consciente, inconsciente ou subconsciente. Quando é contra os Estados Unidos, é, também, contra Israel.  Que não se defenda, pois a defesa passa a ser ataque. Nestes termos, os aliados na Segunda Guerra não poderiam atacar e se é aceito o ataque feito, seguramente é porque juntavam Estados Unidos, Inglaterra, França e China Nacionalista de então com a antiga União Soviética.

Mas, conforme o título, não vou falar do Flamengo, mas apenas usar a ideia expressa no texto do Hino do Mais Querido.

A propósito do escrito por Ancelmo Gois na sua coluna no ’O Globo, de domingo, 21 de setembro de 2014, quando fala do “Antissemitismo da Ditadura”, citando texto de documento do II Exército, de fevereiro de 1976, fazendo referência ao judeu, como “voltado exclusivamente para finanças” (…) e segue com “A lista…”, na qual figuram nomes de políticos judeus dados como comunistas, acrescenta “Um Pingo de História…”  onde diz que “a lista do Exército se esqueceu de incluir o nome do próprio fundador da doutrina comunista, Karl Marx (1818-1883), que era de uma família judaica do antigo Reino da Prússia. Ele chegou a escrever um ensaio chamado “Sobre a questão judaica”.

Assim sucinta, a informação se parece antissemita, porque informa ser Marx  judeu para os menos avisados, quando seu pai já se havia convertido ao cristianismo e a questão judaica de Marx foi, e é, um violento libelo contra os judeus. Quem não conhece a “Questão Judaica” de Marx poderia entender que ele elogiou judeus, pois é de família judaica, pelo texto.  Talvez melhor caísse dizer que os redatores do texto citado copiaram Marx, e assim poderiam ser simpatizantes do comunismo. Nesta Questão Judaica, Marx escreve que o “mundo deveria se emancipar dos judeus”, isso há um Século antes de Hitler, que resolveu se emancipar dos judeus, exterminando-os. Com o “Sobre a Questão Judaica” Karl Marx impulsionou o antissemitismo na esquerda, que se observa até os dias de hoje. Marx juntou o antissemitismo na esquerda e na direita.

E, assim, voltamos ao título: uma vez judeu, sempre judeu, judeu até morrer, e mesmo até depois da morte,  não adiantando deixar de sê-lo, será sempre judeu, como também para Hitler, que se remontava a várias gerações.

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