Sucot: tempo de refletir sobre quem somos e o que desejamos ser

sukkotErev – 16/10/2016 -14 de Tishrei 5777

1º./2º. dias – 17/18/2016

Chol Hamoed- 19-22/10

Hoshaná Rabá – 23/10

Shemini Atzeret -24/10

Simchá Torá- Alegria da Torá – 25/10 – -23 Tishrei

“E tomareis para vós, no primeiro dia de formosa árvore, ramos de palmas, ramo de arvore espessa, e salgueiros de ribeiras, e vos alegrareis perante o Eterno, vosso D’s por sete dias”. Levíticos, XXIII, 40.

Os primeiro dois dias de Sucot, bem como os últimos dois, são considerados feriados religiosos.

Estas festas nas Cabanas são o que nos lembra da travessia de nosso povo pelo deserto a caminho de Eretz Israel.

De céu aberto fazendo as nossas refeições nas tendas, belíssimas, que devem ser decoradas com frutas, folhagens e ilustrações alusivas a estas datas.

“Zeman Simchatenu” é como se chama esta semana. Sucot surgiu em Israel como uma festa rural. “Chag Há -Assif” – o fim da colheita de fruas e o encerramento do ano agrícola.

É quando devemos balançar as quatro espécies. A da imponente palmeira seria a época dos reis e profetas: a mirta fragrante, da era talmúdica, de grande de sabedoria: o melancólico salgueiro, os séculos de perseguição e exílio: o e por sua vez, aromático e belo, símbolo da esperança do provir.

A Sucá de modo igual há de nivelar as diferenças sociais, e nosso contentamento e bem estar se estende também aos desamparados e aflitos, neste vão modesto.

Sob o frágil abrigo da Sucá é momento de refletir sobre o que é realmente importante.

Em brilhante anotação, o Grão Rabino Lorde Jonathan Sacks escreve;

“Nós somos o que lembramos”… “em recente passado.”

Resumindo: “Quem sou eu? Porque estou aqui? Como eu quero viver?”

Estas questões não podem ser respondidas pela tecnologia ocidental. A Ciência e a Tecnologia nos fornecem poder, mo, mas não dizem como devemos usar este poder.

O mercado nos dá escolhas, mas nem sempre mostra 1qual devemos escolher. O Estado liberal e democrático contemporâneo fornece a escolha de meios de vida e múltiplas possibilidades. No entanto, não diz quem somos e o que pretendemos ser, nem como devemos viver.

Quem sou eu? Não se trata simplesmente de como eu nasci, vivi no dia a dia, ou minha nacionalidade.

É algo mais profundo. Para a maioria de nós, é viver de acordo com a história de nossos antepassados.

Para os judeus, seria viver e desenvolver uma identidade judaica, que traz consigo a cultura, a história, a tradição, o orgulho, o sentimento de pertencer a um povo e de escolher como vivenciar esta identidade.

D’s nos tirou do Egito com mão forte e braço estendido, o que lembramos todos os anos ao ler a Hagadá de Pessach.

Se nos esquecermos a historia do nosso povo perdemos a nossa identificação, assim depende do que nos lembramos deste é o futuro no mundo ocidental.

Winston Churchill disse: “O mais que olharmos para o passado o mais longe você pode enxergar”. Ou seja: Aqueles que contam a história de seu passado tem como certo construir o futuro para seus filhos.

Que encontraremos o caminho para as próximas gerações é o meu desejo neste Sucot.

Chag Sucot Sameach, em festa, com o sabor de uma boa Achilá.

Ernesto Strauss – Diretor Cultural – B’nai B’rith do Brasil

Veja também

Mais um encontro inspirador, na B’nai B’rith, com a neuroeconomista Renata Taveiros de Saboia

Ontem, segunda-feira, tivemos mais um encontro inspirador na B’nai B’rith! A neuroeconomista Renata Taveiros de …