Sessão Solene em homenagem aos Heróis do Holocausto emociona e celebra liberdade e democracia.

Parceria entre Vereador Natalini, B’nai B’rith, Sherit Hapleitá e Unibes

O auditório lotado reuniu heróis sobreviventes do Holocausto e da Força Expedicionária Brasileira que lutaram nos campos da Itália, alunos das escolas municipais paulistanas e lideranças civis e religiosas, com o mesmo objetivo: homenagear os heróis presentes e falecidos e celebrar a liberdade e a democracia.

A Sessão Solene promovida pela Câmara Municipal de São Paulo, B’nai B’rith, Sherit Hapleitá do Brasil e Unibes foi emocionante.

Começando com a mensagem de Ben Abraham, presidente da Sherit Hapleitá – Associação dos Sobreviventes do Holocausto, que pela primeira vez não pode estar presente ao evento, devido a sua frágil saúde. Em vídeo, exortou a todos a não esmorecer neste trabalho para que não se apague a memória deste trágico acontecimento a fim de se evitar novos Holocaustos.

O proponente da Sessão, vereador Gilberto Natalini, que a realiza desde 2001, destacou a importância do evento pela merecida homenagem aos nossos heróis e pelo fato de que massacres continuam ocorrendo. “Não posso dormir, sabendo o que acontece com o povo sírio, iemenita, africano… e os países permanecem passivos, com o que faz o Estado Islâmico… e com o que acontece na periferia das cidades brasileiras”, ressaltou. “No ano passado, 60 mil pessoas morreram assassinadas no Brasil”.

Edgar Lagus, vice-presidente da B’nai B’rith do Brasil, falou da criação desta entidade há mais de 170 anos por imigrantes judeus alemães que foram para Nova York, e a luta da instituição presente hoje em mais de 54 países, contra o racismo e a discriminação.

Major Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno disse de sua emoção por estar presente a este ato, pois também homenageava seu avô, judeu húngaro que imigrou para o Brasil fugindo do comunismo e seu pai, que na Força Aérea participou das missões contra submarinos alemães no litoral brasileiro.

Rachel Gotthilf leu carta que recebeu de uma menina quando estavam no campo de concentração de Treblinka, como testemunho do que lá ocorria.

Ricardo Berkiensztat, presidente executivo da Federação Israelita do Estado de São Paulo alertou para o absurdo de que passados apenas 70 anos do final da Segunda Guerra Mundial, com sobreviventes ainda podendo testemunhar os acontecimentos “tem gente que diz que tudo isso é invenção dos judeus”.

O cônego José Bizon, diretor da Casa da Reconciliação, entidade da Arquidiocese de São Paulo representando o Cardeal-Arcebispo Dom Odilo Scherer também esteva presente ao ato.

Rabino Iehuda Gitelman da Congregação Beth–El, rezou El Male Rachamim e o Kadish dos Enlutados, após o que sobreviventes e alunos acenderam juntos seis velas em memória dos seis milhões de judeus assassinados no Holocausto. Uma vela foi acesa em lembrança aos 50 milhões de seres humanos que faleceram em decorrência da Segunda Guerra Mundial pelos representantes das Forças Armadas Major Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno e Coronel Fernando da Silva Magalhães e da FEB, João Alfredo Castelo Branco.

Um dos pontos altos foi a parte artística. Os alunos da EMEF – Escola Municipal de Ensino Fundamental – Joaquim Nabuco, sob a coordenação da Profa. Maria Rute Alves Brito apresentaram um número musical e uma dança judaica. Depois veio o jogral, onde cada estudante representou um sobrevivente do Holocausto. As histórias de Ben Abraham, Nanete Konig, Rita Braun, Miriam Nekricz como se eles próprios nos estivessem relatando, emocionaram a todos.

A EMEF Remo Rinaldo Naddeo trouxe os poemas “No beco escuro” e “Heróis Guerra”, de autoria da agente escolar Delma Barbosa, o primeiro interpretado pela aluna Nathaly Braga de Holanda e o segundo transformado em Rap, com mixagem, adaptação e interpretação dos alunos: Felipe Caetano Matheus Ramos, Rogério Martins da Silva Filho e Wallysson Vicente. A organização foi da assistente de direção, Profa. Lucy Mara Aravechia Zanella.

Finalizando, cada aluno da EMEF Professora Nilce Cruz Figueiredo preparou e declamou um poema especial para a ocasião, fruto do estudo sobre a Segunda Guerra Mundial realizado com a Profa. Maria Isabel Kastler e coordenação da Profa. Sandra Zanim.

Há mais de dez anos, a B’nai B’rith, em parceria com a Secretaria Municipal da Educação de São Paulo, LEER/USP e Sherit Hapleitá do Brasil, com apoio do vereador Gilberto Natalini, desenvolve um programa sobre Holocausto, democracia e cidadania junto aos professores das escolas públicas. O envolvimento dos alunos é um dos resultados deste trabalho.

A mesa diretora dos trabalhos foi composta por: Vereador Gilberto Natalini, Edgar Lagus – Vice Presidente da B’nai B’rith do Brasil, representando o presidente nacional Abraham Goldstein, Rachel Gotthilf – sobrevivente do Holocausto e integrante da B’nai B’rith de São Paulo, Yoel Barnea – Cônsul Geral de Israel em São Paulo, Major Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno – Comandante do IV Comando Aéreo Regional, Coronel Fernando da Silva Magalhães – representando o General de Exército, João Camilo Pires de Campos – Comandante Militar do Sudeste, João Alfredo Castelo Branco – Diretor do Centro Cultural da FEB, representando a Associação dos Ex- Combatentes do Brasil – FEB – Força Expedicionária Brasileira, Ricardo Berkiensztat- Presidente Executivo da Federação Israelita do Estado de São Paulo e Henrique Sznifer – Superintendente da UNIBES.

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Na foto: Ricardo Berkiensztat – Presidente Executivo da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Coronel Fernando da Silva Magalhães – representando o Comandante Militar do Sudeste, Edgar Lagus – Vice Presidente da B’nai B’rith do Brasil, vereador Gilberto Natalini, Rachel Gotthilf – sobrevivente do Holocausto e integrante da B’nai B’rith de São Paulo, Yoel Barnea – Cônsul Geral de Israel em São Paulo, Major Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno – Comandante do IV Comando Aéreo Regional, João Alfredo Castelo Branco – Diretor do Centro Cultural da FEB e Henrique Sznifer – Superintendente da UNIBES.
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Representantes das Forças Armadas: Major Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno – Comandante do IV Comando Aéreo Regional, Coronel Fernando da Silva Magalhães – representando o General de Exército, João Camilo Pires de Campos – Comandante Militar do Sudeste, João Alfredo Castelo Branco – Diretor do Centro Cultural da FEB, acendem uma vela em memória dos 50 milhões de pessoas que pereceram na Segunda Guerra Mundial.
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Janina Schlesinger, sobrevivente, acende vela junto com aluno em memória dos seis milhões mortos no Holocausto, ao lado de Rachel Gotthilf, também sobrevivente, ambas da B’nai B’rith de São Paulo.
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Vista parcial do público, tendo na primeira fileira, o cônego José Bizon, diretor da Casa da Reconciliação, representando o Cardeal-Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer.

 

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Alunas da Escola Municipal de Ensino Fundamental Joaquim Nabuco apresentam número de dança judaica.

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