O presidente Michel Temer participou neste domingo 29 de janeiro, do ato solene pelo Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto, realizada na sinagoga da Congregação Israelita Paulista (CIP), em São Paulo, que contou com a presença do governador Geraldo Alckmin e esposa, do prefeito João Dória, do cardeal arcebispo de São Paulo D. Odilo Pedro Scherer, do sheik Armando Saleh, além de outras autoridades civis e religiosas.
O evento foi promovido pela Confederação Israelita do Brasil, Federação Israelita de São Paulo, CIP, com apoio da B’nai B’rith e diversas instituições judaicas.
Realizou-se pela primeira vez em 2005, em uma parceria entre a CIP e a B’nai B’rith do Brasil, após a promulgação da Resolução da ONU instituindo 27 de janeiro como o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto. Este ano, a B’nai B’rith participou ativamente da organização da emocionante cerimônia celebrada pelo rabino Michel Schlesinger, com o tema “Holocausto e Intolerância no Mundo”.
Entre os momentos mais tocantes o acendimento de seis velas representando os 6 milhões de judeus assassinados no Holocausto.
O presidente Temer acendeu a primeira vela, ao lado do rabino, e sua avó, a sobrevivente Janina Schlesinger, (membro da B’nai B’rith), diversas autoridades e um jovem dos movimentos juvenis da CIP.
Abraham Goldstein, presidente da B’nai B’rith do Brasil acendeu a quarta vela, ao lado da sobrevivente Rita Braun, também da entidade, e convidados. Zeila Sliozbergas, presidente da B’nai B’rith de São Paulo, Sam Osmo e Lia Bergmann, assessora de Direitos Humanos e Comunicações prestigiaram a cerimônia.
Outro momento marcante foi a entrega de rosas pelos jovens a todos os sobreviventes presentes.
“Há 72 anos o mundo disse ‘ Nunca Mais’, hoje é necessário um novo ‘Nunca Mais’, para incluir os genocídios que infelizmente aconteceram na segunda metade do século 20 e nas duas décadas do 21, como os no Iraque e na Síria”, afirmou Thomas Vetianer, falando em nome dos sobreviventes.
Os diversos oradores lembraram que o nazismo perseguiu e matou também outras minorias, além de presos políticos, e falaram também da necessidade de combater o crescente antissemitismo e o terrorismo. O chanceler José Serra destacou os laços entre o Brasil e Israel e a recente nomeação dos embaixadores para ambos os países.
O presidente Temer destacou a importância de se recordar o Holocausto para que ele não se repita. “Recordar o Holocausto, relembrar a sua dor e toda a sua angústia, é preparar o futuro”, disse Temer. O presidente saudou os sobreviventes da barbárie nazista presentes ao evento, afirmando que o sofrimento a que foram submetidos deve servir como lição para que o Holocausto seja permanentemente relembrado. “Passe um dia, um mês, anos ou séculos, temos sempre que recordar. É uma lição para o futuro e para o presente”.
Falou também que os judeus estão unidos pelo coração. “Essa aliança que a nação judaica tem em si deve servir de exemplo para nós brasileiros e para todas as nações do mundo”, destacou o presidente. E concluiu dizendo que havia saído de Brasília para comparecer a essa cerimônia, em uma decisão tomada com o coração, para dizer: “Shalom”.
Presidente Michel Temer ao ser recebido pelo rabino Michel Schlesinger
ao chegar na Congregação Israelita Paulista
O presidente Temer acendeu a primeira vela, ao lado do rabino, e sua avó,
a sobrevivente Janina Schlesinger, (membro da B’nai B’rith),
diversas autoridades e um jovem dos movimentos juvenis da CIP.
B’NAI B’RITH INTERNACIONAL ESTÁ PROFUNDAMENTE PREOCUPADA PELO PLANO DE IMIGRAÇÃO DO PRESIDENTE DOS EUA
(Washington, DC, 28 de janeiro de 2017) – B’nai B’rith Internacional está profundamente preocupada com o drástico plano do Presidente Trump de impedir, pelo menos temporariamente, a entrada nos Estados Unidos de todos os refugiados sírios ou de outros refugiados que fogem dos estragos da guerra. Como banir as pessoas de seis outras nações, predominantemente muçulmanas.
O presidente internacional da B’nai B’rith, Gary P. Saltzman, e o presidente-executivo, Daniel S. Mariaschin declararam: “Embora reconheçamos a real ameaça representada pelos terroristas que pretendem explorar os instintos humanitários da nação, uma abordagem mais diferenciada e equilibrada para ajudar aqueles que procuram um porto seguro é claramente preferível, e mais de acordo com os valores dos Estados Unidos, do que a proibição radical que foi imposta pela atual administração. Nosso país tem uma grande, embora às vezes imperfeita tradição de acolher aqueles que fogem da opressão, perseguição e intermináveis guerras civis”.
O reforço do veto aos refugiados que Trump está pedindo já está bem encaminhado, pois indivíduos fugindo da Síria estão atualmente sujeitos a um processo de triagem de duração de 18 meses ou mais.
Nós pedimos alívio imediato para os portadores de vistos e Green Cards que já foram cuidadosamente examinados, alguns dos quais estão agora em aeroportos americanos e outros que estão em trânsito para os Estados Unidos. Também nos preocupa que aqueles que têm Green Card, ou estão em processo de naturalização, teriam problemas para retornar ao país se eles tentam sair para visitar a família no exterior.
B’nai B’rith insta o presidente a rescindir esta ordem executiva. Uma nação de imigrantes deve ser mais do que simpatizante para deixar a porta aberta para os outros que procuram paz, esperança e uma vida melhor.
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