“De todos os locais de culto, bem como todos os membros da nossa comunidade, pedimos que levem os perpetradores desses atos criminosos à justiça”. Assim foi divulgada a declaração dos líderes da Federação Judaica no Irã, depois que uma segunda sinagoga foi vandalizada na cidade de Shiraz, no sul do país.
A sinagoga de Kashi foi atacada na noite de domingo e a sinagoga de Hadash, um dia depois, de acordo com Sam Kermanian, assessor sênior da Federação Judaica Iraniana-Americana, que informou que todos estão assustados.
Os criminosos rasgaram rolos da Torá, bem como cerca de 100 livros de oração, alguns dos quais foram jogados no banheiro. Eles destruíram tefilin e quebraram armários de vidro, roubando ornamentos de prata.
A Federação Judaica Iraniana-Americana também pediu “às autoridades da República Islâmica do Irã que assegurem proteção a todos os locais de culto, bem como de todos os membros da nossa comunidade e levem à justiça os perpetradores desses atos criminosos”.
Um membro da comunidade judaica local disse ao canal 10 de Israel que o ataque estava relacionado ao reconhecimento do presidente Donald Trump, de que Jerusalém é a capital de Israel. A declaração de Trump foi condenada pela República Islâmica, que está comprometida com a destruição de Israel.
A comunidade judaica de Shiraz tem cerca de 2.000 pessoas, de acordo com Kermanian. No ano 2000, cerca de 10 membros da comunidade foram condenados à prisão por espionagem para Israel.
O governo dos EUA e as organizações judaicas protestaram contra as acusações e os vereditos. O Irã tinha entre 80.000 e 100.000 judeus, antes da Revolução Islâmica de 1979, mas a maioria fugiu principalmente para os Estados Unidos, Israel e Europa.
Com um membro designado do parlamento, a comunidade judaica do Irã é uma das quatro minorias religiosas oficialmente reconhecidas.
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