Lag Baômer e Shavuot

18 de Iyar de 5774 18 de Maio de 2014

No trigésimo terceiro dia da contagem do Omer interrompemos a época de luto e é possível festejar e realizar casamentos. O  luto é devido ao falecimento dos alunos de Rabi Akiba, vitimados pela peste. Rabi Akiba era um pastor de ovelhas que mal sabia o alfabeto e tornou-se um sábio com 24.000 alunos. Viveu numa das épocas mais difíceis da história judaica, na segunda geração após a destruição do II Templo, quando era proibido ensinar o judaísmo. Mais tarde, acontecem as vitorias de Bar Kochba, nas revoltas contra os romanos.

No Omer (contagem) lembramos também de Rabi Simeon bar Yochai, o criador do “ZOHAR”, obra principal do misticismo judaico, retratada na Cabala.

Após 49 dias da contagem do Omer temos a terceira das festas da Peregrinação, “shalosh regalim”, depois de Purim e Pessach, é a vez de Shavuot, “Zeman Matan Toratenu”, a outorga das leis, de amplo significado.

Todas estas festas tem sentido  agrícola em Israel. Agora nesta primavera de 5774, é hora da colheita do trigo, frutas e legumes, o “Yom Habikkurim”. Em Shavuot realiza-se noite de estudos “Lernen”, ”Tikun Leil Shavuot“ com trechos da Torá, Mishná, Talmud, entre outras leituras.

Nas sinagogas lemos o Livro de Ruth, a moabita, a bisavó do Rei David. Ela declarou a Noemi: “Onde tu iras eu irei, a tua moradia será a minha, o seu D’s será meu D’s”.

Esta solidariedade de Ruth tem grande significado no judaísmo, a nossa dedicação humana que qualifica até os dias de hoje o simbolismo do atual Estado de Israel, aberto a todos judeus que necessitam de apoio e que desde sempre são vitimas do antissemitismo mundial que constantemente ocorre, vide a atual situação na Ucrânia.

 Em Shalom, Chag Sameach

Ernesto Strauss – Diretor Cultural da B’nai Brith Brasil

 

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