“Judeus, solitários & fantasmas”

João Pereira Coutinho, colunista da Folha de S.Paulo, indaga se o antissemitismo ainda surpreende alguém. Ele julgava que não. Mas, se surpreendeu com as afirmações da deputada do Partido Trabalhista do Reino Unido de que Israel deveria ser “recolocado” nos Estados Unidos, ou seja, ser varrido do Oriente Médio, como querem o Hamas e o Hezbollah. Foi um escândalo, diz Coutinho, que piorou com a defesa do ex-prefeito de Londres, Ken Livingstone, quem disse que Hitler foi um grande apoiante do projeto sionista. E continua: “No “The Daily Telegraph”, o colunista Charles Moore lembrou que essa fantasia nem sequer é original. Ela foi produzida por Lenni Brennan no livro “Zionism in the Age of Dictators”, um livro que nenhum historiador sério leva a sério. O que interessa no escândalo em curso é que ele permite ressuscitar todo o histórico antissemita de uma parte da esquerda britânica –e, já agora, da esquerda europeia. Sobre o antissemitismo da direita, há poucas dúvidas e poucas surpresas: o ódio aos judeus sempre fez parte da cartilha mais radical. Mas na história desta vergonha, o mundo esquece por vezes como o antissemitismo também marchou com a esquerda”. Vale a pena ler a íntegra da coluna, e também:

Amid anti-Semitism row, UK’s Labor suspends city councilor over Israel posts (JPost)

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