Chanucá e Natal: época de luz e de festa

Acendemos a Primeira em 24 de dezembro de 2016/24 de Kislev 5777

Ora vejam só esta simultaneidade das datas: o inicio de Chanucá 5777 e a do Natal 2016.

A data é a mesma, mas o sentido é difere. Chanucá tem para nós o sentido histórico de muitos anos, 165 DC, após a vitória dos Macabeus, capitaneados por Matatatias e seus cinco filhos – os hasmaeus na revolta pela liberdade religiosa, por ter derrotado o famoso exercito grego-sírio, na época de Antiocos IV.

A reconquista do Templo e a santificação da luz Eterna, ocorrida com o milagre de esta ter durado o tempo suficiente para a produção do mais puro óleo para iluminar o local sagrado. Havia somente um pouco de óleo sagrado de oliva para um dia, mas durou oito dias, o que motiva os judeus nos dias de hoje, em todas as partes do mundo, a acenderem diariamente, durante uma semana, uma vela a mais por dia na chanukia, em todos os nossos lares.

Porém, há algo em comum nas duas festas, que é a troca de presentes nestas confraternizações. Também jogamos os dreidels, piões, trazendo em cada lado uma letra, um acrônimo que significa: “nes, gadol, hája, sham”, -traduzindo: “Grandes milagres aconteceram lá”. E nos deliciamos com os latkes e os sufganiot, as panquecas de batata e os sonhos.

Cantando Maos Tzur e Al Hanissim- pelos milagres.

Bem, não nos faltam preocupações, após o trágico incêndio que assolou o Estado de Israel, onde a chuva é rara e o plantio de árvores uma prioridade. Diz a frase:
“A árvore da vida – Etz Chaim, ela é a vida de todos, aqueles que a cuidam e aqueles que o são, aqueles que o são honrados que a conservam”. – Salmos 9-16

Assim, esperamos que mais esta fase passe, para o bem de todos que a honram e possamos apoiar sua recuperação. Esta reconstrução deverá durar muitos anos e exigirá muito empenho e dedicação.

Que Israel possa ser uma luz para todos nós nesta época de confraternização, neste mundo conturbado que compartilhamos.

Chanucá Sameach e um bom Ano Novo de 2017.
Ernesto Strauss – Diretor Cultural da B’nai B’rith do Brasil