Chamish Assar B’shevat

15 de Shevat 5777 – 11 de Fevereiro de 2017
“Chamish Assar B’shevat”

tubishvat

Este é um ano especial para o plantio de arvores em Israel, e toda a comunidade mundial deveria se mobilizar. Pois, como todos sabem, em 2016 os incêndios destruíram muito da fauna e da flora devastando florestas, provocados pela seca e também pelo terrorismo.

Assim, é uma benção ainda maior, que compete a todos, não apenas às crianças, plantar pessoalmente, ou financiar o plantio, do máximo de arvores da Vida, “Etz Chaim!”

Segundo o profeta Hillel, Tu B’Shevat não é uma das principais festas do Calendário Judaico, mas é uma festa de alegria pela chegada da Primavera, em Israel. Marca o fim do período de chuvas e o início do florescimento em geral.

O “tu”, acrônimo das letras hebraicas “tet” e “vav” também representa quinze. A data é celebrada em 15 de Shevat, 11 de fevereiro.

Nesse dia devemos colocar à mesa um grupo de quinze frutas, em especial as que são destacadas na Torá, como figos, romãs, tâmaras, uvas, azeitonas e amêndoas.
Entre os judeus há também o costume de se plantar árvores em celebração ao nascimento dos filhos, quando é menino, cedros, e para as meninas, ciprestes.

Assim temos a observar a nova direção do governo nos Estados Unidos sob a direção de presidente Donald Trump, que está mobilizando as pessoas, uns contra, outros a favor. É preciso aguardar para ver como vão se desenvolver de fato as relações dos EUA com Israel, com o Irã, com o mundo. Em política, os acontecimentos podem sempre nos surpreender.

Chag Sameach, sempre com muitas alegrias.
Ernesto Strauss – Diretor Cultural da B’nai B’rith do Brasil

 

Judaísmo e meio ambiente: a benção de plantar uma árvore

Esta época de Tu B’Shevat sempre nos faz refletir.

Muito antes de surgirem conceitos de ecologia e meio ambiente, o judaísmo em seu contato do ser humano com o sagrado traz preceitos que respeitam a terra, as árvores, as frutas, extremamente atuais, e com múltiplos significados na tradição de nosso povo. Assim como o homem e seus animais devem descansar no sétimo dia da semana, a terra deve ter seu ano sabático, descansando a cada sete anos.

E que outro povo cumprimenta as árvores por seu aniversário? A festa do Ano Novo das Árvores é uma saudação à Primavera, e uma forma de agradecer pelo que a terra nos dá. A “terra de leite e mel” celebrada pela Bíblia tornou-se deserta e árida com o passar dos séculos. Hoje, a em Israel, a tecnologia gera frutas e até a produção de lagostas no deserto do Negev, e a consciência do valor da água é perene, onde as chuvas são escassas.

Além de leite e mel, a Torá (Bíblia – Os Cinco Livros de Moisés) menciona sete espécies: trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas e mel (de tâmaras), especificamente ligados à terra de Israel. Levar ao Templo de Jerusalém o primeiro fruto de cada uma delas representava uma benção.

Um dado interessante é que estas sete espécies não crescem juntas em outros lugares.

Esta sete espécies que devemos saborear em 15 de Shevat tem também significados mais profundos. De acordo com os cabalistas, correspondem aos atributos de Deus (sefirot), presentes também em nossa alma, e cada pessoa tem um atributo dominante.

O Rebe de Lubavitcher relaciona as sete espécies com o Ano Novo das Árvores em 15 de Shevat destacado que em geral, as sete espécies podem ser divididas em dois tipos: grãos; e frutos das árvores. Os grãos são necessários para o sustento. Os frutos, por outro lado, não são necessários, mas acrescentam prazer à vida. Os dois são importantes, e, portanto, ambos estão incluídos na bênção sobre a terra de Israel.

Em um sentido espiritual, o “Israel” de nossa alma também contém esses dois elementos; necessidade e prazer. Pode-se ler mais sobre isto em: www.beitchabad.org.br

Portanto, ao plantar uma árvore, estaremos agradecendo a Deus, alimentando nossa alma, além de fazer bem à nossa cidade.

Nestes dias, as diversas instituições da comunidade judaicas brasileira realizam eventos com plantio de sementes. Também é possível ajudar Israel a recuperar suas florestas. É fácil contribuir para um mundo melhor.

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Lia Bergmann – Assessora de Direitos Humanos e Comunicações
B’nai B’rith

 

A história de Tu B’shevat contada em cartazes do KKL

Passado e presente se unem na rica coleção de cartazes para Tu B’shevat do KKL – Keren Kayemet LeIsrael,  que reúne cartazes históricos produzidos pelo KKL ao longo das décadas, oriundos de arquivos sionistas de várias fontes, com grande valor educacional e artístico.

Cartazes e banners foram as principais forma de transmitir mensagens ao grande público durante a primeira metade do século XX, sendo exibidos em praças públicas.

Especialmente bonitos, os cartazes foram usados para divulgar a importância do resgate da terra e do plantio de árvores, além  do apoio às atividades do KKL em Israel, principal responsável pelo no país, além da dessalinização das águas do mar, reuso de água e diversos projetos essenciais ao abastecimento de Israel. Veja alguns abaixo:


KKL3
kkl2
KKL1
KKL4

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